7 de dez. de 2010

Conto do começo

“Foi no dia em que eles se encontraram na praia do Pinhal...”

É, a história poderia muito bem ter começado assim, se Ele não tivesse uma terrível aversão à praia. Na verdade eles se conheceram bem por acaso mesmo, se é que acasos existem... Bem, essa é outra discussão.
Noite de sábado, festa, energia no ar e ele sem o menor ânimo de ir a lugar algum. Tinha dois ingressos comprados para o badalado show da noite, ingressos esses que só foram comprados porque Sabrina, sua namorada na época, tinha insistido que queria ir. A noite se aproximava, Ele ainda sem vontade de sair passa no horário combinado na casa de Sabrina, que o recebe toda desarrumada e vai logo dizendo que não se sentia bem e que não iria sair naquela noite. Ele retruca dizendo que gastou para ver um show que Ele já tinha assistido, e que só comprou os ingressos porque Sabrina queria ir. Sabrina dá de ombros, com ar de quem nada poderia fazer.
Ele sai da casa de Sabrina e liga para um amigo, perguntando se queria comprar os ingressos. O Amigo querendo companhia, o convence a ir vender os ingressos no local da festa, e assim fizeram. Logo que chegaram já conseguiram vender um dos ingressos e esse foi o estopim para o Amigo puxá-lo para dentro da festa.

Ainda meio sem jeito, sem ânimo, fica ali no meio da multidão esperando que algo mágico, ou simplesmente diferente, acontecesse. Se bem que ele nunca acreditou nessas coisas.

Um pouco antes de começar o show, algumas pessoas abordam os dois, Ele e o amigo, para falar do show do dia anterior, no qual eles eram as ‘estrelas’. Uma dessas pessoas era Ela, sorridente e brincalhona que pede para tirar uma foto com os dois, e claro que atenderam ao pedido. A foto? Sim a foto foi um prelúdio do que viria a acontecer, Ele praticamente abraçado com Ela. Naquela noite nada aconteceu além disso, os dois mal se falaram. Ela não iria àquele show nem que pagassem. Mentira. Ganhou o ingresso de amigos e foi. Resolveu que aquele dia cessaria a abstinência de álcool e faria festa com os amigos. Foi o que ela fez.

Ela se divertia se escondendo do ex, no meio da multidão. Divertia-se assustando pessoas desconhecidas, gritando nos ouvidos delas. Divertia-se tirando fotos com os carinhas que Ela viu em cima do palco na noite anterior, e um deles era Ele. Ele ria (dela? Da situação?) No outro dia, Ela se lembrava dele, sem saber se era pela vergonha da própria cara-de-pau ou porque ele trazia alguma lembrança que ela não sabia definir, e assim o procurou pela internet. E... achou.

Descobriram várias coisas em comum, músicas, textos, filmes, comidas e até aquela aversão à praia.

Tornaram-se amigos... E que amizade! Assim passaram-se alguns meses, com raros encontros, mas com uma afinidade e intimidade, mesmo que virtual, até então sem explicação. Ela desacreditava em sentimentos, ele desacreditava em relacionamentos...

"Wouldn't it be nice if we were older
Then we wouldn't have to wait so long
And wouldn't it be nice to live together
In the kind of world where we belong
You know its gonna make it that much better
When we can say goodnight and sleep together
Wouldn't it be nice if we could wake up
In the morning when the day is new
And after having spent the day together
Hold each other close the whole night through
The happy times together we've been spending
I wish that every kiss was never ending
Oh Wouldn't it be nice
Maybe if we think and wish and hope and pray it might come true (run, run, run)
Baby then there wouldn't be a single thing we couldn't do
We could be married (we could be married)
And then we'd be happy (then we'd be happy)
Wouldn't it be nice (ba ba ba ba ba ba ba ba)
You know it seems the more we talk about it

It only makes it worse to live without it
But lets talk about it
Oh, wouldn't it be nice
good night my baby
sleep tight my babygood
night my baby
sleep tight my baby
good night my baby
sleep tight my baby
good night my baby
sleep tight my baby"

Ela está melancólica. Só quer saber onde foi que se perdeu.

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