7 de mai. de 2010

O homem da minha vida

Conheci o homem da minha vida: analista de sistemas, 30 anos, mora sozinho, descompromissado, sem filhos, antecedentes de relacionamentos sérios e duradouros, boas influências profissionais, rico e bonito. Todas informações tirei dos nossos amigos em comum, exceto o ‘bonito’ que ficou por minha conta.

Reunião de negócios é um saco, fato! Quando aquele cara chegou eu simplesmente perdi o fôlego e automaticamente me diminuí dentro daquela sala. Aquele sorriso branco, perfeito, veio exatamente em minha direção me extasiando e derrubar o café na minha roupa foi quase inevitável.

Entre esse momento e o final da reunião eu me lembro de pouca coisa a não ser a corrida até minha casa pra trocar de roupa. Adoro morar no mesmo prédio do meu trabalho.

Voltando a ele. Ó Deus! Não esperava o convite para sair naquela noite, apesar de que eu quis desde o primeiro instante e não consegui esconder a ansiedade quando aceitei. Foi o ‘quero’ mais gritado da minha vida.

Ele é melhor do que eu imaginava. Tem um carisma de dar inveja. A classe média parecia estar estampada na minha testa a cada segundo do jantar e ele parecia se divertir com isso. Óbvio que ele percebeu que não tenho talento pra comportamento excepcional em restaurantes chiques e carérrimos, mas a simpatia dele me fez sentir à vontade naquele lugar cheio de gente que brilha. Ah sim, brilham mesmo, tanto na roupa quanto nas jóias e pasmem, até nos sapatos.

Não é o fato de eu estar mal vestida os outros é que realmente exageram. Homem sem terno ali só os garçons. Aliás, o homem da minha vida de terno é tudo de bom. Pensamentos depravados me fizeram imaginar ele sem o terno, mas isso só fez com que eu bebesse mais vinho do que meu organismo é acostumado. Nunca tinha reparado o quanto vinho deixa as pessoas sensuais. Azar, eu me senti uma diva.

A noite foi bem interessante mesmo, ri muito e nem sei bem dizer o porque, mas eu ri. Tudo foi tão perfeito, ele um gentleman a ponto de puxar a cadeira pra eu sentar, fato este que quase me fez cair no chão mas sempre acredito nas boas intenções das pessoas. Quando ele abriu a porta do carro tanto pra eu entrar quanto pra sair chegou a me arrepiar, até porque eu não tinha outra alternativa, esses carros modernos conseguem trancar a gente dentro deles. Coisa de louco!

Enfim, tantos detalhes e agora estou eu aqui, babando por esse homem que me fez ganhar o dia que pra mim já havia nascido morto e eu sou tonta o suficiente pra ter esquecido de perguntar o nome dele. Como será que ele se chama?

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