7 de mai. de 2010

Ao Sr. Mero Desconhecido

Olá Sr. Mero Desconhecido.
Muito provavelmente estás me julgando sem saber quem eu na verdade sou. Contigo eu sou quem eu nunca fui. Sou estrela de cinema e Hollywood não me deve explicações. Eu beijo o mocinho e o bandido sem qualquer pudor. E eu te conto promiscuidades, deito e rolo e você ainda se excita.
Tonto!
Não sabe e nem irá saber que guardo segredos que jamais compartilhei com alguém, e muito menos deve saber que eu escrevo sobre a tua vida.
Ah sim, eu escrevo, e ainda descrevo cada passo teu. Ridículo de minha parte, mas me diverte e me faz tremer em extase ver tua vida cuspida e escancarada.
Eu jamais fiz quaisquer das histórias que te contei. É, são estórias. Estórias não acontecem, tolinho. Tudo o que te digo não passam de devaneios da minha mente cheia de vontades.
Você ainda não sabe que me consideram uma pessoa criativa? Tão criativa que invento mentiras, e todas elas te impressionam. Eu ganho toda a tua vontade de ter a mim inteirinha, tenho a louca vontade dos teus olhos me olhando com um prazer insaciável, e eu quase me entrego, ops... volta por cima!
HAHAHA.
Eu só posso rir da tua bobeira. Minhas idéias diabólicas não passam de idéias de alguém que precisa enganar pra sobreviver. Idéias diabólicas nessa carinha de anjo que eu sei que você não consegue resistir, nem aos meus olhares e insinuações. Idiota!
Tenha todo seu desejo sobre meu corpo, tenha o teu sexo vontade de mim, mas não se engane, não te darei qualquer prazer que espera. Você não me conhece. Ah, Mero Desconhecido, você não faz idéia quem eu sou.
Nem em sonho imagina que o que quero é apenas a sensação dos teus desejos incontroláveis por mim. Só quero a sensação dos teus pensamentos já me comendo de vontade.
Desejos... desejos passam um dia.
O que eu tenho aqui, chama-se sentimento, e esse, Mero Desconhecido, esse tu nunca vai conhecer.

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